A Polícia Militar da Bahia já instaurou 57 processos administrativos contra policiais por condutas consideradas inadequadas nas redes sociais. O número reflete um fenômeno crescente: com o aumento do consumo de conteúdo digital, parte da tropa passou a atuar também como influenciadores nas plataformas.
Diante desse cenário, a corporação criou uma portaria interna, em vigor desde 2022, para regulamentar o comportamento dos militares na internet. O documento, de número 015-CG/22, define regras para o uso responsável das redes sociais por policiais militares, levando em conta o impacto que esse tipo de atuação pode ter no âmbito pessoal, profissional, institucional e social.
Entre as condutas proibidas estão:
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Usar o uniforme ou símbolos da corporação para conteúdos que firam os valores éticos e o decoro da PM;
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Divulgar técnicas, operações, materiais de cursos ou documentos oficiais sem autorização;
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Publicar imagens de vítimas, investigados ou pessoas sob custódia de forma indevida;
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Criar perfis que se confundam com páginas oficiais da Polícia Militar;
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Fazer postagens que incitem violência, violem direitos ou promovam apologia ao crime.
A PM também proíbe a exposição não autorizada de veículos, armamentos, instalações e equipamentos da corporação, além de críticas públicas a superiores ou decisões do governo.
A medida busca preservar a imagem institucional e manter o controle sobre conteúdos que possam afetar a disciplina e o funcionamento da corporação em ambientes digitais.