Em resposta às críticas de que estaria “perseguindo” o União Brasil, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, destacou os laços entre líderes do partido e o empresário Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, alvo central da Operação Overclean.
Durante participação na rádio Bom Dia Feira, Rui negou qualquer envolvimento em investigações e ressaltou que as apurações em curso dizem respeito a figuras próximas ao partido, como o ex-prefeito de Salvador ACM Neto e o atual gestor da capital baiana, Bruno Reis.
“É descabido isso porque o que está acontecendo é que essa operação, a Overclean, envolve o ex-prefeito de Salvador (ACM Neto) e o atual prefeito de Salvador (Bruno Reis). A imprensa tem divulgado matérias vastas sobre isso, envolvendo o Rei do Lixo e contratos bilionários. O Rei do Lixo está indo negociar a Secretaria de Educação em Minas Gerais, em Belo Horizonte, dizendo que, se não for atendido, vai ligar para o ex-prefeito de Salvador para reclamar”, disse o ministro.
O ministro ainda ironizou: “O que eu tenho a ver com isso? Não tenho nada a ver com isso! Não tenho absolutamente nada a ver com isso. Fui eu que mandei o Rei negociar a secretaria? Fui eu que assinei o contrato bilionário com o Rei do Lixo? Aliás, Salvador tem uma das maiores taxas de lixo do Brasil (…) Quem pariu Mateus que balance”.
Operação apura desvios em múltiplos estados
A Overclean investiga um suposto esquema de fraude em licitações, corrupção e lavagem de dinheiro, com atuação em vários estados. Marcos Moura, filiado ao União Brasil, seria o principal articulador. De acordo com a PF, o grupo movimentou R$ 1,4 bilhão por meio de contratos irregulares, especialmente no Dnocs, na Bahia.