PMs envolvidos em morte na Engomadeira não usavam câmeras

Foto: Reprodução/G1

Após a morte da jovem Luíza Silva dos Santos, de 19 anos, durante uma operação policial no bairro da Engomadeira, em Salvador, o tenente-coronel Luciano Jorge, comandante da 23ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Tancredo Neves), afirmou que os policiais envolvidos na ação não utilizavam câmeras corporais nos uniformes. A declaração foi dada durante o protesto de moradores realizado nesta segunda-feira (14), na região da Estrada das Barreiras, um dia após o ocorrido.

Segundo o comandante, embora as guarnições da 23ª CIPM geralmente utilizem o equipamento de registro, o grupo específico que participou da ação não faz uso das câmeras. A informação foi reforçada por uma fonte da corporação, que explicou que os agentes pertencem ao Pelotão de Emprego Tático Operacional (PETO), unidade que atua em situações consideradas mais críticas e que ainda não foi equipada com o sistema de monitoramento.

Durante o protesto, o tenente-coronel declarou que os policiais alegaram ter sido recebidos a tiros por suspeitos ao chegarem no local da operação. De acordo com ele, o revide teria ocorrido porque os criminosos responsáveis pela vigilância da área não teriam sinalizado a presença dos agentes, o que é um indicativo de que a chegada da polícia surpreendeu o grupo armado.

Luciano Jorge informou ainda que os policiais envolvidos na ação prestaram depoimento ainda na noite do domingo e que as armas utilizadas foram recolhidas para a realização de perícia. A investigação sobre o caso está sendo conduzida pela Polícia Civil, que busca esclarecer de onde partiram os disparos que atingiram Luíza.

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