Perícia confirma lesões em mulher que acusa Payet

Foto: Reprodução, redes sociais

A advogada Larissa Ferrari, que acusa o jogador Dimitri Payet, do Vasco, de agressões físicas, psicológicas e sexuais, teve as denúncias parcialmente confirmadas por laudos periciais. Os exames apontaram lesões compatíveis com agressões, além de indícios de violência emocional e sexual. Ela também solicitou uma medida protetiva contra o atleta e registrou dois boletins de ocorrência, no Paraná e no Rio de Janeiro.

Segundo informações do jornal Extra, o primeiro laudo, feito em 1º de abril, identificou hematomas provocados por impacto com objeto contundente, embora não tenha sido possível determinar com precisão a origem da agressão. Na ocasião, Larissa apresentava uma cicatriz no antebraço esquerdo. Já uma segunda perícia, realizada no dia 8, constatou lesões em outras partes do corpo: na coxa esquerda, na perna direita e na região glútea.

Além das marcas físicas, Larissa passou por uma avaliação psicológica, realizada em três etapas, também no início de abril. O laudo indicou que ela apresenta Transtorno de Personalidade Borderline, mas também reforçou, com base em seus relatos e em outros indicadores, que ela foi vítima de violência contínua por parte do jogador.

Nos registros policiais, a advogada afirma que o comportamento de Payet era controlado por ciúmes, e que ele a submetia a situações humilhantes como forma de castigo. Em entrevista ao Extra, Larissa detalhou os episódios. “Ele me pedia para beber minha própria urina, lamber o chão, o vaso sanitário. Uma vez bebi água do vaso. Eu não consigo acreditar que passei por isso”, declarou.

Ameaças e histórico de denúncias

De acordo com Larissa, as agressões eram recorrentes. Ela relata que, após retornar à cidade de União da Vitória (PR), passou a ser ameaçada com frases como: “vou mandar alguém para te deixar segura” ou “vou mandar alguém aí para cuidar de você”. As ameaças, segundo ela, surgiam como retaliação após o fim do relacionamento.

Além do boletim registrado no Paraná, outro foi feito no Rio de Janeiro em 29 de março, onde Larissa também denunciou o jogador por agressões físicas, morais, psicológicas e sexuais.

Um inquérito foi aberto para investigar o caso. Até o momento, a defesa de Payet não se manifestou publicamente sobre as acusações.

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