Sandro Fantinel: Quem é o vereador gaúcho que ofendeu baianos
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Nesta quarta-feira (1), o partido Patriota, resolveu expulsar o vereador de Caxias do Sul, Sandro Fantinel, após ele ter feitos declarações xenofóbicas contra baianos no caso do resgate dos trabalhadores que estavam em situação análoga à escravidão na Serra Gaúcha.
Em suas declarações sobre o caso de mais de 200 trabalhadores resgatados em vinícolas de Bento Gonçalves, o parlamentar aconselhou agricultores, produtores e empresários do setor agrícola a não contratarem pessoas da Bahia e as definiu como “um povo que vive na praia tocando o tambor” e “acostumado com carnaval e festa”. Ao jornal Estadão, o Sandro disse que foi mal interpretado e afirmou que pediu desculpas em plenário.
Natural de Caxias do Sul, Fantinel já participou de três eleições, todas pelo Patriota. A única na qual conseguiu se eleger, com 1.756 votos, foi na de 2020, como vereador. Em 2016, concorrendo ao mesmo cargo, com 1.012 votos, foi derrotado nas urnas. No ano passado, tentou se tornar deputado estadual, pelo Rio Grande do Sul, mas, com 7.115 votos, foi novamente derrotado.
Apoiador e seguidor das ideias do do ex-presidente, Jair Bolsonaro, Fantinel tem vida política ligada pauta do agronegócio. Ele já foi alvo de denúncia ao comitê de ética do município anteriormente.
Nas redes sociais, o vereador exibe fotos com Bolsonaro. Em uma delas, ele chega a contar como começou a história de amizade entre os dois.
Em postagem mais recente, Fantinel mostra que participou de um dos atos antidemocráticos que contestaram a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Estamos reunidos em frente ao Exército de Caxias do Sul clamando pelo futuro do Brasil”, escreveu ele na legenda.
Como vereador, durante a pandemia apoiou o tratamento precoce contra covid-19, que não tem embasamento científico e em maio de 2021, em sessão ordinária, o político chegou a culpar profissionais de saúde que não prescreviam os medicamentos sem eficácia pelas mortes pela doença,
Antes das falas contra baianos, Sandro questionou os atos do governo federal quanto a ajuda aos Yanomami. “Vemos um governo que assumiu há 30 dias e fala única e exclusivamente dos indígenas da Amazônia. E aqueles que vivem aqui no Sul?”, disse ele. O político também disse que os povos originários não haviam recebido atenção devida nos outros mandatos do petista, bem como da ex-presidente Dilma Rousseff.
Fonte: O Estadão
