A Justiça revogou o pedido de prisão de Marcelo Batista, dono de um ferro-velho acusado de envolvimento no desaparecimento de dois jovens no bairro de Pirajá.
Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matusalém Silva Muniz desapareceram em 4 de novembro, após entrarem no ferro-velho onde trabalhavam e não retornarem. Além dos primos Durão, o gerente Wellington de Oliveira Barbosa também é apontado como envolvido no caso e cumpre prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.
Com a decisão judicial, Marcelo Batista deixa de ser considerado foragido por duplo homicídio, mas ainda possui um mandado de prisão decretado por tentativa de homicídio, participação em facção criminosa, violência doméstica e envolvimento com milícia.
“A presente decisão serve como ALVARÁ DE SOLTURA, assim como ofício, devendo ser comunicada a revogação de prisão dos Denunciados às Varas Criminais nas quais respondam a outros processos”, informa o documento judicial.
Durante uma operação realizada em janeiro deste ano, a Polícia Civil confiscou o celular da mãe de Marcelo Batista. Segundo fontes policiais, ela usava o aparelho para se comunicar com o filho e revelou que ele estaria na Bolívia, em uma fazenda ligada à produção de cocaína, sob a proteção do Comando Vermelho (CV).
A Interpol chegou a ser acionada para viabilizar a prisão de Marcelo no exterior. A lista pública da organização inclui fugitivos procurados pela Justiça em diversos países.
