Arrastão da Quarta-feira de Cinzas celebra 30 anos em 2025 com Carlinhos Brown
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Foto: Divulgação/Secom
O Arrastão da Quarta-feira de Cinzas, que celebra 30 anos em 2025, está confirmado para o Carnaval deste ano, com a direção de Carlinhos Brown, criador da tradicional festa. A confirmação foi feita pelo Governo da Bahia na noite de segunda-feira (17).
Brown é, até o momento, o único artista confirmado para o evento, que marca o fim das festividades na Bahia com o tradicional desfile que vai da Barra a Ondina. Criado para atender aos foliões que trabalham durante o Carnaval, o Arrastão tem sido alvo de críticas da Igreja Católica, que questiona a realização da festa no início da Quaresma, período de reflexão religiosa que começa após o fim do Carnaval e segue até a Semana Santa.
Em uma entrevista, o cantor explicou que sua intenção ao criar o evento foi oferecer uma oportunidade para as pessoas que não podiam aproveitar o Carnaval, por conta do trabalho, curtir a festa mais tarde. “Fui criticado pela Igreja, mas depois de uma conversa com Dom Lucas, percebi que a campanha da fraternidade poderia ser uma oportunidade para destacar o cuidado com os necessitados”, afirmou.
Diversos artistas renomados já se apresentaram no Arrastão ao longo dos anos, como Ivete Sangalo, Daniela Mercury, Claudia Leitte, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Psirico, além de artistas de outros estados, como Fafá de Belém e a bateria da Mangueira. Em 2019, um projeto de lei do vereador Henrique Carballal (PV) tentou impedir a realização da festa, argumentando que ela desrespeita a religiosidade católica ao invadir a Quarta-feira de Cinzas. O projeto foi aprovado pela Câmara Municipal, mas foi vetado pelo então prefeito ACM Neto.
Nos últimos anos, Léo Santana tem sido um dos principais nomes do Arrastão, com Danniel Vieira também marcando presença. Este ano, a Prefeitura de Salvador confirmou que tentará incluir Bell Marques na programação do evento, após o cantor anunciar que não participaria. O presidente da Saltur, Isaac Edington, afirmou que irá dialogar com o artista para entender os motivos da sua decisão. “Se Bell decidir não ir, devemos respeitar. Ele tem todo o direito, pois é um dos músicos que mais toca no Carnaval”, destacou.