A prefeita de Conceição do Jacuípe, Tânia Yoshida (PSD), comentou sobre a anulação do concurso público municipal, que previa a contratação de 1,1 mil servidores com salários de até R$ 14 mil. A decisão seguiu uma recomendação do Ministério Público da Bahia (MP-BA), que apontou indícios de irregularidades no processo seletivo.
Em entrevista ao Bahia Notícias, Yoshida afirmou que optou por acatar a recomendação do MP-BA, apesar dos desafios que isso gera para a administração municipal.
“Foi uma decisão preliminar do Ministério Público que resolvi acatar. Como agora não posso contratar, preciso avaliar a melhor forma de resolver essa questão, pois não há tempo hábil para organizar um novo concurso”, declarou a prefeita.
Ela também destacou que não participou diretamente da comissão organizadora do certame e que a recomendação do MP-BA se baseou em uma extensa análise de mais de 3 mil páginas. “Se a promotora fez essas observações, devemos segui-las, mas acredito que a OAB deveria ter sido consultada. Além disso, a prova para professor de Física precisaria ser reaplicada”, pontuou.
Yoshida ressaltou que o concurso ainda não havia sido finalizado, pois faltava a realização do psicoteste, embora as provas objetivas e subjetivas já tivessem sido aplicadas. Segundo a prefeita, a investigação do MP-BA teve início após uma denúncia anônima.
O órgão identificou suspeitas de favorecimento a pessoas ligadas à gestão municipal, notas elevadas para determinados candidatos, possível violação do sigilo das provas para os cargos de professor de Educação Física e procurador municipal, além de falhas na divulgação dos locais de prova.