Polícia prende líderes do crime organizado no Tocantins
Duas mulheres apontadas como líderes do crime organizado foram presas pela Polícia Civil na última terça-feira (4), no Tocantins. Lúcia Gabriela Rodrigues Bandeira, conhecida como “Dama do Crime”, e Angelina Custódio da Silva, apelidada de “Angelina Jolie” do crime, possuem um longo histórico criminal e podem enfrentar penas severas.
Lúcia Bandeira é considerada uma das principais chefes do tráfico de drogas no estado, sendo responsável por intermediar negociações entre traficantes locais e líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), em São Paulo. A polícia identificou sua participação em grupos de mensagens, como o “Lojistas Tocantins”, onde organizava relatórios diários sobre a venda de drogas e auditava os participantes. O grupo funcionava como uma rede de traficantes que compravam entorpecentes de maneira coletiva.
As investigações revelaram que a quadrilha movimentou aproximadamente R$ 20 milhões nos últimos dois anos. Lúcia já havia sido presa em julho do ano passado, quando foi encontrada com R$ 300 mil em drogas. No entanto, conseguiu liberdade provisória ao alegar ser a única responsável pelo filho de 4 anos. Após a soltura, teria feito publicações debochando da situação nas redes sociais. Em dezembro, foi presa novamente junto com outras 11 pessoas, acusada de gerenciar a distribuição de drogas e administrar os pagamentos do grupo criminoso.
Já Angelina Custódio da Silva enfrentará julgamento no dia 13 de março, ao lado de cinco comparsas, por crimes como homicídio triplamente qualificado, tortura, lesão corporal e associação criminosa. Segundo as investigações, ela teria ordenado a tortura e o assassinato de Edna Soares Cordeiro, em Pacajus (CE), acusando a vítima de divulgar conteúdos favoráveis à facção rival Guardiões do Estado (GDE). A irmã de Edna, uma adolescente grávida, também foi torturada, mas acabou sendo liberada.
As prisões fazem parte da Operação Asfixia, que tem como objetivo desarticular as redes criminosas no estado.