5 de fevereiro de 2025
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Polêmicas na arbitragem marcam o Ba-Vi 500 e reacendem velhas críticas do Bahia

 Polêmicas na arbitragem marcam o Ba-Vi 500 e reacendem velhas críticas do Bahia

Foto: Divulgação/CBF

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O clássico Ba-Vi do último sábado, disputado na Arena Fonte Nova, não foi marcado apenas pelo simbolismo de ser o 500º confronto entre Bahia e Vitória. A atuação da arbitragem, especialmente do assistente Alessandro Álvaro Rocha de Matos, gerou indignação entre os tricolores, reacendendo antigas críticas sobre sua participação em jogos decisivos.

Alessandro Matos já esteve no centro de diversas polêmicas envolvendo o clássico ao longo dos anos. Torcedores do Bahia lembram de lances controversos que influenciaram o resultado de partidas importantes, alimentando um histórico de desconfiança.

Um dos primeiros episódios ocorreu em 1998, durante um Ba-Vi pela Copa do Nordeste. Na ocasião, um gol do Vitória foi validado pelo assistente, apesar das dúvidas sobre a bola ter realmente ultrapassado a linha. O lance gerou revolta entre os tricolores, que contestaram a decisão.

Outro caso emblemático aconteceu no Estadual de 2008, no quadrangular final. No jogo que poderia definir o título, Rogério, do Bahia, marcou um gol, mas teve o lance anulado por impedimento, assinalado por Alessandro Matos. Imagens mostraram que a marcação foi equivocada, e a derrota acabou custando o título ao tricolor, aumentando a sensação de injustiça.

A insatisfação dos torcedores chegou a um ponto crítico em 2010, quando um grupo de sócios do Bahia acionou judicialmente a Federação Bahiana de Futebol (FBF) para evitar que Alessandro Matos fosse escalado em clássicos. Como resultado, ele ficou quase uma década afastado de Ba-Vis.

No entanto, seu retorno aos clássicos voltou a gerar polêmica. Em 2020, na primeira fase do Campeonato Baiano, Matos esteve envolvido em um lance duvidoso. Durante o jogo, Lucas Arcanjo, goleiro do Vitória, se chocou com Gustavo, do Bahia, dentro da área. Apesar do contato, a arbitragem não marcou pênalti. A maior crítica dos tricolores recaiu sobre Matos, que estava bem posicionado, mas não alertou o árbitro sobre a possível infração.

A ausência do VAR na fase classificatória do Baianão também foi alvo de críticas. Após o Ba-Vi 500, o técnico Rogério Ceni cobrou melhorias na competição, destacando a necessidade de investimentos na estrutura do torneio. “É preciso investir, trazer VAR, melhorar a arbitragem, trazer árbitros de fora, se possível. Até radinho precisa funcionar. Todo mundo joga porque vale vaga na Copa do Brasil. O campeão comemora, mas, para os outros, o campeonato não tem tanto valor”, declarou Ceni.

As críticas à arbitragem seguem como pauta recorrente no futebol baiano, e o nome de Alessandro Matos continua sendo um dos mais contestados quando o assunto é polêmica em clássicos.

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