Ba-Vi em Salvador é marcado por episódios de violência em coletivos
No último sábado (1º), além do ataque a bomba em um ônibus de Salvador, outras duas agressões foram registradas em coletivos da capital baiana. Um ônibus foi apedrejado e um motorista foi atingido por uma lata de cerveja. Os incidentes ocorreram durante o dia do 500º jogo entre Bahia e Vitória, maior clássico do futebol baiano disputado na Arena Fonte Nova, com exclusividade para a torcida tricolor.
O Sindicato dos Rodoviários, em relato ao g1, apontou torcedores de futebol como responsáveis pelos atos de violência. O diretor da entidade, Renato Santos, informou que um motorista foi agredido após se recusar a dar carona a torcedores que não queriam pagar pela passagem. O agressor, com uma lata de cerveja nas mãos, lançou o objeto no rosto do motorista, que precisou de atendimento médico e levou sete pontos. A identidade do rodoviário foi mantida em sigilo.
O motorista procurou a 1ª Delegacia Territorial (DT/Barris) para registrar queixa, mas foi informado de que seria necessário primeiro ir ao médico. A Polícia Civil não localizou o registro da ocorrência. Santos também relatou que o trabalhador recebeu apoio da Integra, empresa de transporte, e foi atendido no Hospital Teresa de Lisieux.
Além disso, imagens mostraram que um ônibus da Plataforma, na linha 0708 (Nordeste x Lapa), foi apedrejado enquanto passava pela região do Ogunjá, perto da Arena Fonte Nova. Apesar dos danos nos vidros, ninguém ficou ferido. O diretor do sindicato identificou os suspeitos como torcedores do Bahia.
Em outro incidente, um ônibus foi atingido por uma bomba na Avenida Octávio Mangabeira, nas proximidades de Itapuã, por volta das 15h, momentos antes do clássico. O ataque, que teria sido feito por membros da torcida organizada do Vitória, não causou feridos, mas danificou a porta do meio do veículo.
A Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob) lamentou os ataques, destacando que esses episódios prejudicam a população, já que veículos danificados precisam ser retirados para manutenção, o que resulta em maior tempo de espera e redução no número de viagens.
A Polícia Civil foi acionada, mas ainda não há registros oficiais das ocorrências.