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PF indicia Bolsonaro nos inquéritos da venda de joias

 PF indicia Bolsonaro nos inquéritos da venda de joias

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

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A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 11 pessoas no caso em que é apurada a venda ilegal de joias no exterior. O pedido de indiciamento do ex-mandatário foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em seu relatório final, a PF concluiu que houve crime de peculato, associação criminosa, lavagem de dinheiro e advocacia criminosa.

O inquérito aberto em 2023, onde os objetos foram avaliados em R$ 5 milhões, foi concluído e relatado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde desta quinta-feira (4).

O estojo de joias – com anel, colar, relógio e brincos de diamante, oriundos da Arábia Saudita – estava retido na Receita Federal, em São Paulo, e foi entregue à PF, em 5 de abril. O estojo foi apreendido no Aeroporto de Guarulhos, ainda em 2021, quando as peças chegaram ao Brasil na mochila do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

Veja a lista de indiciados:

  • Jair Bolsonaro
  • Bento Albuquerque;
  • José Roberto Bueno Júnior;
  • Julio Cesar Vieira Gomes;
  • Marcelo da Silva Vieira;
  • Marcos André dos Santos Soeiro;
  • Mauro Cesar Barbosa Cid;
  • Fabio Wajngarten;
  • Frederick Wassef;
  • Marcelo Costa Câmara;
  • Mauro Cesar Lourena Cid;
  • Osmar Crivelatti

Agora, a PF deve relatar o inquérito ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito na Corte. Moraes precisa pedir que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o caso.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, usou as redes sociais para se manifestar sobre o indiciamento do pai.

“A perseguição a Bolsonaro é declarada e descarada! Alguém ganha um presente, uma comissão de servidores públicos decide que ele é seu. O TCU questiona e o presente é devolvido à União. Não há dano ao erário! Aí o grupo de PFs, escalados a dedo pra missão, indicia a pessoa”, escreveu o senador no X (antigo Twitter).

Fabio Wajngarten também fez uma publicação em sua rede social sobre o indiciamento. “O meu indiciamento pela Polícia Federal se baseia na seguinte afronta legal: advogado, fui indiciado porque no exercício de minhas prerrogativas, defendi um cliente, sendo que em toda a investigação não há qualquer prova contra mim. Sendo específico: fui indiciado pela razão bizarra de ter cumprido a Lei!