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Pedido de prisão domiciliar da mulher de Bruno Galinha é negado pela justiça

 Pedido de prisão domiciliar da mulher de Bruno Galinha é negado pela justiça

FOTO: Reprodução

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Os desembargadores integrantes da Primeira Câmara Criminal Segunda Turma Julgadora do TJ-BA rejeitaram o pedido para conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar da mulher de Bruno Galinha, a sessão realizada na últim aterça-feira (4). Mayana Cerqueira da Silva, teve pedido de habeas corpus negado pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

A denúncia do Ministério Público da Bahia aponta que Mayana Cerqueira da Silva, envolvida na organização criminosa investigada pela El Patron, cometeu vários crimes, colocando sua filha em risco. A negação da prisão domiciliar à ré foi justificada pela gravidade dos crimes, cometidos no ambiente familiar junto com seu filho e companheiro. O tribunal destacou que a criança, de nove anos, não se enquadra no Estatuto da Primeira Infância e que a prisão não é excessiva, considerando que Mayana não é vulnerável. Um atestado médico mostrou que a criança sofre emocionalmente e que há parentes próximos em liberdade, incluindo o pai, irmão e tio, este último sendo atualmente responsável pela menor.

“Nessa esteira, são imputadas à Paciente condutas de extrema gravidade, praticadas de forma reiterada, que possuem o condão de expor a sua filha a elevado risco. Ademais, a criança possui nove anos completos, e, portanto, não está mais na primeira infância, o que afasta a incidência do Estatuto da Primeira Infância a este caso concreto. Relevante pontuar ainda que a Paciente não é mulher pobre e vulnerável, e a prisão provisória não se mostra exagerada nem irrazoável”, diz trecho da decisão. 

Segundo o acórdão do órgão julgador, Mayana Cerqueira da Silva exercia grande influência dentro da organização criminosa investigada e portava ilegalmente arma de fogo. Ela teria dado ordens para obstruir a investigação da Operação “El Patrón” e destruiu seu celular, que continha informações cruciais para a apuração dos crimes.

Mayana é apontada como integrante do núcleo intermediário da organização criminosa, atuando como prestadora de contas no jogo do bicho e movimentando valores significativos. A denúncia também aponta sua função de liderança na organização, sendo esposa de um deputado.

A investigação revelou que Mayana continuou praticando crimes mesmo após a deflagração da Operação “El Patrón”, demonstrando desrespeito à Justiça Criminal. Ela foi flagrada em posse de uma pistola de uso restrito em uma praia, o que representa um risco elevado para sua filha menor de doze anos. Isso levou à revogação da prisão domiciliar anteriormente concedida.