Festa literária de Aratuípe traz nomes potentes da literatura
Tiganá Santana, Aldri Anunciação, Luana Souza, SulivãBispo, Emília Nunez, Ionã Scarante, Marcos Cajé, Márcia Mendes e dezenas de escritores baianos enriquecem aprogramação da terceira edição da Festa Literária de Aratuípe (FLITA). O evento será realizado entre os dias 23 e 26 de novembro, com o tema Literatura e Memória. “No ano do Bicentenário da Independência da Bahia, entendemos que tratar da memória, da politização e ficcionalização das nossas memórias, bem como discutir como a memória convoca conhecimentos sobre território, povo, culturas e dos nossos saberes tradicionais é uma forma de iluminar o presente e alinhavar um futuro”, pontua a curadora da FLITA, Meg Heloise.
O município de Aratuípe, localizado a 86 Km de distância da capital baiana, terá auditórios, escolas, bibliotecas, ruas e praças ocupadas por uma vasta programação de atividades gratuitas, como palestras, lançamento de livros, rodas de conversa com escritores, oficinas, saraus e apresentações artísticas que fortalecem a cultura local e popular. “O evento busca proporcionar à comunidade um ambiente cultural diversificado, incentivar a formação de novos leitores e a valorização da identidade cultural do município”, destaca a curadora Meg Heloise.
A programação completa da festa literária já está disponível no site www.flita.com.br. Um dos grandes momentos acontecerá no sábado, às 16 horas, com a realização da mesa “Modos de Lembrar para Iluminar o presente”, com Tiganá Santana e mediação de Cândida Moraes. O compositor, cantor, instrumentista, poeta, produtor musical, diretor artístico, curador, pesquisador vai compartilhar sobre sua experiência da escrita poética, que começou aos 9 anos.
Também no auditório municipal, sábado, às 10horas, acontece a mesa “Politização das memórias: literatura e diáspora” com a participação de Aldri Anunciação e Sulivã Bispo e mediação de Amanda Julieta.
Este ano, a FLITA terá uma exposição fixa em homenagem ao poeta, músico e jornalista aratuipense José Leone, falecido em 1983. “A memória é um percurso coletivo. Então, será uma festa para reverenciar nomes potentes e criar novas memórias”, conta a curadora. Outra novidade desta edição: vivências, um espaço dedicado à literatura para as infâncias na FLITINHA e programação alternativa no espaço CONEXÃO FLITA, esse será um espaço também pensando para acolher o público mais jovem. Na FLITINHA, além de apresentação de escolas municipais, recitais de poesias, vai ter contação de história musicada O Voo da Arara, com Laiana Vieira e Julián Alarcón, dramatização do livro Anjo de Barro, de Ionã Scarante,e As Memórias dos Oleiros de Maragogipinho.
Os escritores Marcos Cajé, Emília Nuñez e Deko Lipeparticipam da mesa “Era uma vez…” Por que ler para as crianças? com mediação de Ionã Scarante. “A gente vai discutir muito a importância de ter essa abertura de leitura para nossas crianças, especialmente para as crianças pretas. Fazer com que esses meninos e meninas se vejam nos livros, nas narrativas”, conta animado Marcos Cajé, escritor de literatura afro fantástica que participa pela primeira vez da FLITA.
No CONEXÃO FLITA, um dos destaques é bate-papo com o escritor Anderson Shon e o quadrinista Daniel Cesart. Com mediação: de Luane Motta, o público vai ser convidado a refletir sobre “E se os super heróis fossem africanos?” durante o lançamento da HQ Estados Unidos da África. Outro momento que promete é a mesa “Meu cabelo tem história”. O bate-papo reúne Letícia Gambelegé e Val Benvindo e será mediado por Samira Soares.
Festa Literária de Aratuípe (FLITA) é uma realização da Prefeitura Municipal de Aratuípe e conta com o apoio do Governo do Estado através da Secretaria Estadual de Educação. Para o prefeito de Aratuípe, Antônio Marcos Araújo de Souza, a FLITA é a realização de um grande sonho para a comunidade, um evento de celebrar memórias e construir legado.