Feiras e mercados de Salvador esperam bom movimento para Dia de São Cosme e Damião

 Feiras e mercados de Salvador esperam bom movimento para Dia de São Cosme e Damião
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Foto: Bruno Concha / Secom PMS

Às vésperas do Dia de São Cosme e São Damião, celebrado nesta quarta-feira (27), o movimento de clientes nas feiras e mercados municipais administrados pela Prefeitura Salvador tem aumentado. Afinal, para muitos soteropolitanos é tradição celebrar a data com o conhecido caruru de sete meninos, recheado de muito quiabo, camarão seco, entre outros itens que são mais facilmente encontrados nos comércios populares da capital baiana.

Segundo Paulo Cristiano Ferreira, coordenador de Feiras e Mercados da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), nos mercados municipais os clientes contam com qualidade e preço baixo nos produtos para o caruru de Cosme e Damião. “Além disso, nossos mercados possuem uma estrutura coberta com estacionamento gratuito, sanitários, iluminação e muito mais, garantindo o conforto e a segurança dos clientes”, diz.

No Núcleo de Abastecimento e Serviços (Nacs) de Itapuã, os feirantes já estão munidos de quiabo, camarão seco, dendê e demais ingredientes utilizados no preparo dos pratos que, na crença, é dividido entre sete meninos e tem como acompanhamentos feijão fradinho, arroz, farofa de dendê, ovos cozidos, xinxim de galinha, banana da terra frita, rapadura, cana-de-açúcar e pipoca.

A feirante Claudia Moura, com quase 20 anos de feira, conta que até pedido de cliente para preparar o caruru em casa ela já recebeu. “Isso porque antes de trabalhar na feira eu trabalhei como cozinheira, faço meu caruru todo ano para 27 pessoas! Com direito a tudo, então muita gente que sabe fala isso até hoje. ‘Oh Cláudia, quero fazer, eu te pago X e você tem que me ajudar para dar tudo certo’, era coisa que ouvia muito. Hoje só vendo os produtos e por isso e aqui na barraca temos tudo para ajudar o cliente. Camarão, castanha, quiabo, amendoim, coco, azeite, leite de coco, o camarão varia de R$ 30 até R$ 55”, conta.

Conhecido como “Nosso Amigo”, o feirante João Vitorino, de 63 anos, há duas décadas atua em Itapuã. Ele espera que as vendas aqueçam com a proximidade da data, mesmo sendo meio de semana. “Aqui tenho castanha, quiabo, amendoim, coco seco, de tudo um pouco para o caruru. Antigamente chegava a faltar até produto na data, quiabo mesmo a gente tinha que correr e se virar nos 30, mas agora não falta mais nada”. Na barraca dele, o cento do quiabo sai a R$ 20. Já o camarão seco varia entre R$ 50 e R$ 60, mas o preço pode sofrer alteração até a data. 

Desde cedo trabalhando na feira, Lúcia Silva, de 37 anos, reforça que na barraca dela a saída maior é do camarão, azeite, gengibre, castanha e amendoim. “O camarão tá R$ 50, tem também castanha de R$ 55 até R$ 80, depende da qualidade. A expectativa está positiva para este ano, e sei que vai ser sucesso. Nesses 17 anos já vi de tudo, aprendo muito com os clientes e eles comigo, então sempre me viro por aqui. Eles perguntam como faz, falo o que sei, viro até chef de cozinha para dar a receita. Não tive nenhum pedido inusitado até hoje, e ajudo como posso, faço questão”, afirma.

As feiras e mercados municipais funcionam aos domingos e segundas-feiras das 6h às 12h. Já de terça-feira até sábado, o horário é das 6h às 17h. Além de Itapuã, destacam-se na lista de espaços administrados pela Prefeitura os mercados municipais de Castelo Branco, Cajazeiras, além das feiras do Japão, na Liberdade; da Rótula da Feirinha, em Cajazeiras X, entre outras.