Prefeitura vai abrir mais dois centros de convivência para crianças e adolescentes até 2024

 Prefeitura vai abrir mais dois centros de convivência para crianças e adolescentes até 2024

Foto: Betto Jr / Secom PMS

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A Fundação Cidade Mãe (FCM) realizou na tarde desta segunda-feira (21) o workshop 28 Anos Acolhendo Histórias, em alusão ao aniversário da entidade, celebrado neste mês de agosto. O evento contou com a presença do prefeito Bruno Reis, da presidente da FCM, Isabela Argolo, e de representantes de órgãos de defesa de crianças e adolescentes, como Ministério Público (MP-BA), Defensoria Pública (DPE-BA), 1ª Vara da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça (TJ-BA) e Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA).

Bruno Reis participou da abertura do evento e reafirmou o seu compromisso de inaugurar mais duas unidades dos Centros de Convivência Socioassistencial (CCS), chegando a 10 deles em Salvador. O primeiro equipamento será aberto ainda neste ano e o próximo, no primeiro semestre de 2024. Atualmente, por meio dessas instalações, a FCM atende a mais de 2,1 mil crianças e adolescentes, dos seis aos 17 anos, que se encontram em situação de vulnerabilidade social ou risco pessoal.

“Temos uma série de novos CCS para serem entregues até o final deste nosso mandato. Inclusive, buscando parcerias, como a secretaria de Educação, que tem ajudado e apoiado a FCM. Já que, nesse caso, muitos dos CCS funcionam na prática como um local para que as crianças tenham atividades no contraturno, numa educação integral. Desde que tive a oportunidade de assumir a Prefeitura, recuperamos os espaços que existiam, remodelamos convênios para atender especialmente a crianças e jovens em medidas socioeducativas e reformulamos o programa Família Acolhedora”, disse Bruno.

Os oito CCS estão espalhados por diferentes comunidades de Salvador, como Periperi, Nordeste de Amaralina, Saramandaia, Jardim das Margaridas, entre outros. Neles, crianças e adolescentes, inclusive os que estão matriculados na rede municipal de ensino, têm acesso a oficinas culturais (dança, música, artes plásticas, capoeira, teatro), oficinas para inclusão digital, cursos de qualificação e de jovem aprendiz, além de reforço de português e matemática em parceria com a secretaria de Educação (Smed).

Como explicou a presidente da FCM, Isabela Argolo, os CCS fazem parte da estratégia de proteção básica da entidade, que atua na prevenção, mostrando aos jovens que existem caminhos mais prósperos para eles. “Além disso, temos também a proteção especial, que são aqueles meninos que tiveram seus direitos violados e que, por causa disso, precisam de uma intervenção mais direta”, disse.

“Então eles são retirados do lugar da violação e levados para uma Unidade de Acolhimento Institucional (UAI). Além dessa ação, temos também o acolhimento familiar, que é o programa Família Acolhedora, onde famílias voluntárias se colocam à disposição para receber crianças em vulnerabilidade dos zero aos seis anos”, completou Isabela.

A FCM dispõe de quatro UAI, também espalhadas em diversos bairros da cidade, cada uma com capacidade para receber até 20 jovens dos oito aos 18 anos. Além disso, a entidade oferece repúblicas para que jovens sejam acolhidos, dos 18 aos 21 anos.

Workshop

Além de Bruno Reis, participaram do evento a vice-prefeita Ana Paula Matos e a secretária de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), Fernanda Lordêlo. Após a palestra do prefeito, houve uma apresentação de dança dos educandos, com a temática do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A primeira mesa teve como tema ‘Infância Protegida’ e teve como palestrantes Leu Brasil, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA); Márcia Rabelo Sandes, Promotora de Justiça da Infância e Juventude do MP-BA; Gisele Aguiar, coordenadora da Defensoria Pública Especializada da Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente; e Walter Ribeiro, juiz titular da 1ª Vara da Infância e da Juventude no TJ-BA.

“Esse workshop tem como objetivo unir todos os atores que atuam em prol da infância e da adolescência. Com a ideia da gente pensar em estratégias e ações que visem mudanças. A gente sabe que os desafios são muitos, o próprio sofrimento que tem vindo das crianças por conta das negligências, dos abusos, das histórias de dor que esses meninos sofrem. Isso tem ampliado muito os nossos desafios, mas nada melhor do que enfrentá-los unindo forças”, explicou Isabela Argolo.

O workshop é um dos eventos realizados em agosto em celebração ao aniversário da FCM. No dia 30, será realizado no teatro do Subúrbio 360 um espetáculo montado por crianças e adolescentes atendidos pela fundação.