Após irregularidades apontadas pelo MPC, Tinoco cobra fim de contrato do monotrilho e posição de Jerônimo
Foto: Divulgação/Assessoria Cláudio Tinoco
O vereador Claudio Tinoco (União Brasil) reforçou nesta sexta-feira (7) a necessidade urgente de cancelamento do contrato de construção do monotrilho no Subúrbio Ferroviário de Salvador. Um parecer do Ministério Público de Contas (MPC) revelou diversas irregularidades no processo licitatório, em um documento com mais de 60 páginas.
Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, o vereador enfatizou a importância de esclarecimentos por parte do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e a necessidade de maior transparência nos contratos relacionados à construção do modal de transporte na região.
Desde o ano passado, o vereador tem cobrado por transparência no projeto do monotrilho (diferente do VLT, conforme ressalta). Audiências públicas foram realizadas na Câmara Municipal de Salvador, e questionamentos foram encaminhados ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ao Ministério Público da Bahia, com o objetivo de denunciar as irregularidades presentes no processo licitatório e no contrato estabelecido.
“Para além de todas as irregularidades no contrato e da alteração do projeto original, que inicialmente previa a instalação de um VLT e acabou sendo substituído por um monotrilho, modal diferente, há um enorme prejuízo causado à população do Subúrbio, que tem sido privada do transporte ferroviário há três longos anos”, ressaltou Tinoco.
Diante do agendamento, pelo TCE, da análise e julgamento do parecer do MPC para a próxima quinta-feira (13), o vereador Claudio Tinoco considera imprescindível que o governador Jerônimo Rodrigues se manifeste publicamente sobre o assunto.
Tinoco relembra que Jerônimo Rodrigues chegou a ironizá-lo quando questionou a substituição do VLT pelo monotrilho, afirmando que o vereador “queria saber mais que o governador”. O TCE analisará, nesta quinta-feira, se houve algum benefício específico para o Consórcio Skyrail Bahia na alteração do edital que permitiu a implantação do monotrilho no lugar do VLT na região.
“As possíveis irregularidades identificadas, envolvendo diversas secretarias, incluindo a Secretaria de Governo, a Chefia de Gabinete e a Secretaria de Desenvolvimento e Urbanismo do estado, bem como o Comitê Gestor de Parcerias Público-Privadas, exigem uma explicação clara e transparente”, enfatiza Tinoco.
O vereador destaca a necessidade de cancelamento imediato do contrato em vigor, bem como a retomada do debate sobre o modal de transporte a ser implantado na região. Ele ressalta que novas audiências públicas devem ser realizadas, considerando até mesmo a possibilidade de reintroduzir os trilhos e os trens ou implementar um novo veículo sobre trilhos. Outra alternativa seria a extensão do metrô para atender essa região tão importante da cidade.
“Nosso mandato tem se pautado pelo trabalho sério, com o objetivo de promover a transparência e a fiscalização dos projetos em benefício da população”, acrescentou Tinoco.