Já posicionado na Barra para iniciar seu tradicional desfile no Arrastão da Quarta-feira de Cinzas, Carlinhos Brown destacou o propósito do evento, voltado para os trabalhadores. O percussionista conta com convidados como o músico Armandinho Macêdo, cerca de 250 percussionistas e o grupo Fé-Menina.
“Hoje temos uma dupla comemoração: são 30 anos do Arrastão e 75 anos do trio elétrico. Tanto o Arrastão quanto o movimento do trio elétrico têm uma conexão cultural com Pernambuco, especialmente com o Bacalhau do Batata, que sempre acontecia na Quarta-feira de Cinzas”, afirmou o cantor e compositor.
Brown relembrou que foi inspirado nessa tradição pernambucana para criar a ideia de uma feijoada e um arrastão. “O Arrastão encerra o Carnaval da Bahia com seus artistas. Já vimos Léo Santana abrir o evento, e agora seguimos com a memória elétrica, trazendo trios antigos e Armandinho tocando atrás do trio elétrico, como forma de saudação ao seu pai”, explicou.
Além da celebração dos 30 anos do Arrastão, Brown ressaltou a importância do movimento Axé Music, que completa 40 anos de Carnaval. Segundo ele, o Axé é uma manifestação cultural que se fortalece na identidade brasileira.
“O Axé Music nasceu forte. O ‘x’ do Axé representa a Bahia e toda a sua musicalidade. Do Lundu de Chiquinha Gonzaga ao pagode de Léo Santana, a base rítmica está sempre presente”, afirmou.
“A música que fazemos na Bahia é música brasileira. O Carnaval é a vitrine onde apresentamos todo o estudo e dedicação às nossas raízes e ritmos”, concluiu.
