Cacá Diegues, cineasta e imortal da Academia Brasileira de Letras, morreu nesta sexta-feira (14), aos 84 anos, no Rio de Janeiro. A causa de sua morte, que ocorreu durante uma cirurgia, não foi divulgada. A informação foi confirmada pela ABL.
Natural de Maceió, Diegues se mudou para o Rio de Janeiro aos 6 anos e foi um dos principais nomes do Cinema Novo, movimento que ajudou a fundar ao lado de Glauber Rocha, Leon Hirszman e outros. Sua obra teve grande impacto tanto no cinema brasileiro quanto internacional, abordando questões sociais e culturais com uma sensibilidade única.
Com filmes como “Ganga Zumba” (1964), “A Grande Cidade” (1966), “Xica da Silva” (1976) e “Bye Bye Brasil” (1980), Cacá se destacou por misturar popularidade com profundidade artística. Durante a ditadura militar, viveu no exílio, mas sempre manteve um olhar atento sobre a política e cultura brasileiras.
Em 2018, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, sucedendo Nelson Pereira dos Santos. Em sua posse, falou sobre a importância da instituição na preservação e evolução da cultura brasileira.
Além de seu legado no cinema, Cacá Diegues também foi enredo da escola de samba Inocentes de Belford Roxo, em 2016, no carnaval do Rio, uma homenagem à sua trajetória. Ele desfilou no último carro da agremiação e, na ocasião, expressou sua felicidade pela honra recebida.
Cacá deixa quatro filhos, três netos e uma vasta contribuição à cultura brasileira, sendo reconhecido por seu papel pioneiro e sua busca por um cinema que refletisse as complexidades sociais do Brasil.