Iphan anuncia obras emergenciais após desabamento em igreja que causou morte de turista

Foto: Divulgação/Defesa Civil

A igreja de São Francisco de Assis, em Salvador, conhecida como “igreja de ouro”, foi vistoriada pela última vez em maio de 2024, quase um ano antes do desabamento que resultou na morte de uma turista. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) revelou, nesta segunda-feira (10), que não foram identificados indícios de risco iminente para o acidente durante a inspeção.

O Iphan informou que irá iniciar obras emergenciais no local, incluindo escoramento e estabilização da estrutura, além de garantir a segurança dos trabalhadores. Na segunda fase, serão realizados o diagnóstico, triagem e restauração das obras artísticas danificadas.

Em março de 2022, o Iphan havia emitido um auto de infração à Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil, responsável pela igreja, devido à falta de manutenção e conservação da edificação. O órgão ressaltou que a igreja e o convento são propriedades privadas e, portanto, a responsabilidade pela preservação é dos proprietários.

No dia 6 de fevereiro, um dia após o desabamento, o Iphan recebeu um comunicado dos frades informando sobre uma dilatação no forro do teto, mas sem urgência. O instituto afirmou que a vistoria já estava agendada para essa data, mas que não havia sido feita notificação à Defesa Civil ou outros órgãos.

O acidente ocorreu em 5 de fevereiro, quando a turista Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos, foi soterrada pelos destroços do teto enquanto visitava o templo. Giulia estava acompanhada de amigos e seu namorado. A jovem, natural de Ribeirão Preto (SP), teve o corpo transladado de Salvador a Londrina, no Paraná, onde foi velada.

O Iphan destacou que a igreja está inserida no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e que, até 2026, o instituto contará com um orçamento de R$ 771 milhões para a preservação de patrimônios históricos e culturais.

 

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