MPF cobra medidas urgentes após desabamento de igreja em Salvador que matou turista

Foto: Divulgação/Defesa Civil de Salvador

O Ministério Público Federal (MPF) recomendou ações emergenciais à Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) na Bahia e à Ordem Primeira de São Francisco após o desabamento de parte do teto da Igreja de São Francisco de Assis, no Centro Histórico de Salvador. O incidente, ocorrido na quarta-feira (5), resultou na morte da turista Giulia Panchoni Righetto e deixou cinco feridos.

A recomendação inclui vistorias técnicas, escoramento da estrutura e acompanhamento na remoção dos destroços para preservar o patrimônio. O MPF também instaurou um procedimento administrativo para apurar responsabilidades. As instituições têm três dias para informar sobre o cumprimento das medidas, sob risco de ações judiciais.

Desabamento ocorreu durante visitação

A igreja, conhecida como “igreja de ouro” devido aos detalhes em ouro no interior, estava aberta à visitação quando parte do teto desabou. Giulia e uma amiga estavam sentadas admirando a estrutura quando ouviram um estrondo. A amiga conseguiu correr, mas Giulia foi atingida.

Outros dois turistas, incluindo o namorado da vítima, anteciparam o retorno para São Paulo. Os pais de Giulia, vindos de Londrina–PR, estiveram no Instituto Médico Legal (IML) de Salvador para os trâmites de traslado do corpo.

Governo Federal promete restauração

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, visitou o local e afirmou que recursos federais serão destinados à restauração da igreja, sem detalhar valores ou prazos. Técnicos do Iphan e autoridades locais acompanham a situação.

Investigação e divergências sobre vistoria

A Polícia Federal e a Polícia Civil da Bahia investigam o caso. Um scanner 3D será usado para mapear a área. O Iphan informou que recebeu um pedido de vistoria na segunda-feira (3), mas sem alerta de urgência. O frei responsável pela igreja, Pedro Júnior Freitas da Silva, afirmou que solicitou atenção imediata após enviar o e-mail, mas a vistoria só foi agendada para o dia seguinte ao desabamento.

A igreja, construída no século XVIII, é tombada pelo Iphan e faz parte do conjunto histórico de Salvador. O local segue interditado até que seja considerada segura para novas visitas.

 

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