Mais de 20 suspeitos foram alcançados pela Polícia em três operações que acontecem simultaneamente, nesta quinta-feira (20), na Bahia. Duas delas foram deflagradas contra grupos criminosos que atuam na capital, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), na Linha Verde, no sistema prisional e em outros estados, enquanto a terceira visa encerrar o conflito entre indígenas e produtores rurais no Extremo Sul do Estado.
Operações Aurantis e Dankana
Com o intuito de desarticular organizações criminosas na Linha Verde e em áreas próximas, a Operação Aurantis, deflagrada pelo Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), já conseguiu alcançar seis alvos. Um deles, resistiu à prisão, foi ferido, socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
Conhecido como Passarinho, era o segundo no comando do grupo criminoso que atua no município de Camaçari, na região de Abrantes. O atual líder é o criminoso conhecido como Geleia. Ele é foragido da Justiça e, segundo as investigações, comanda o grupo de fora do país. Ele coordena remessas de materiais ilícitos e responde por vários homicídios.
A Operação Dankana, por sua vez, está sendo conduzida pelo Departamento Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), e também alcançou sete alvos. O foco é o combate ao narcotráfico e à atuação de grupos criminosos em Salvador, RMS e outros estados, sendo uma etapa da Operação Narke.
As ofensivas incluem o cumprimento de mandados contra lideranças criminosas que operam dentro e fora do sistema prisional. As ações mobilizam aproximadamente 300 policiais civis, distribuídos em 66 equipes operacionais, além de sete equipes responsáveis pela formalização dos procedimentos.
Operação Pacificar
A Operação Pacificar já prendeu 10 pessoas e os agentes ainda estão em campo. A operação foi deflagrada pela Polícia Civil, em um ação integrada com a Polícia Militar (Comando Regional Extremo Sul e Companhias Especializadas), o Departamento de Polícia Técnica e Stelecom/Cicom Extremo Sul.
Sete pessoas foram presas em flagrante e outras três em cumprimento de mandado. No total são 35 equipes, com cerca de 150 Policiais Civis e Militares. Entre as armas apreendidas estão um fuzil, uma submetralhadora, um revólver, espingardas e munições.
No total são 12 mandados de prisão e 07 mandados de busca e apreensão em imóveis rurais do município do Prado. Os mandados foram expedidos no curso de Inquéritos que investigam a ação de grupos de supostos indígenas armados que, a pretexto de estarem atuando em “retomadas” de territórios de seus ancestrais, agem com violência e grave ameaça contra trabalhadores e proprietários rurais, saqueando as produções agrícolas, mobiliários e veículos, além de restringir a liberdade das vítimas por períodos juridicamente relevantes.
As diligências estão em curso e novas informações serão divulgadas oportunamente. Uma coletiva foi marcada, ainda para esta quinta-feira (20), para divulgar os desdobramentos e resultados das operações Dankana e Aurantis.